sábado, 28 de setembro de 2013

Retrato para o Gustavo

Esta é uma atividade que já faço há algum tempo e que recomendo, pelo seu potencial na ativação do desenvolvimento  das crianças (representação da figura humana).
Sempre que uma criança faz anos sentamo-nos todos com um grande papel à frente e, à vez,vamos desenhando a cara do aniversariante. Um faz o contorno do rosto, outro um olho, outro uma sobrancelha....No fim decidimos quem vai pintar.
Este ano o Gustavo foi o primeiro a fazer anos, fez 3!!!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Hoje falámos...

Conversar, fazer, brincar são verbos essenciais em educação pré-escolar. Por isso, hoje brincámos, brincámos e falámos sobre muitas coisas: o fim-de-semana, a tabela de presenças, as regras da sala, o Outono...

"No Outono começa a ficar mais frio, mas hoje está calor
No Outono caem as folhas, há castanhas  e tangerinas…

No Outono brincamos lá fora, as folhas caem das árvores para nós brincarmos a fazer comidinha"

A propósito do Outono a Lucinda (auxiliar) ensinou-nos uma canção muito gira, de um tempo em que não havia jogos de computador, mas tão bonita ou mais que aquelas que se fazem hoje.


Os mais velhos também recortaram e colaram folhas em papel (tarefa muito difícil para alguns meninos) e ainda houve tempo para planear em grupo o dia de amanhã: Como se faz cor de laranja? E castanho?
Amanhã descobriremos.

Grupo B


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O princípio no grupo B

Uns "adaptam-se" à nova escola, outros à nova educadora. A educadora esforça-se por compreender e adaptar-se a uma nova organização. Na sala, segue-se o procedimento habitual,  estão estabelecidas áreas de jogo/trabalho e são oferecidas atividades para estudar como as crianças se comportam em relação a elas. Pouco a pouco vai-se fazendo a avaliação diagnóstica.
Olha os carros assim não fogem!

A primeira pintura

Esta plasticina é diferente!

A iniciar o painel de aniversários

Desenhos a 2 no quadro preto



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Apresentação impessoal do grupo B


Aprendizagens nos primeiros anos: Competências básicas

Hoje escrevo apenas para os pais da sala B que me perguntaram qual o livro que deveriam comprar para os meninos de 5 anos. E como "santos da casa não fazem milagres" e não é fácil explicar rapidamente aos pais as razões da minha opção num primeiro encontro, fui buscar as palavras de Teresa Vasconcelos,  talvez a pessoa que mais influenciou o que hoje é a rede de educação pré-escolar em Portugal, excelente professora e investigadora, com quem tenho aprendido imenso nas conversas mais e menos formais.


"Durante muitos anos, pensava-se que uma inserção positiva na escolaridade básica se fazia através de processos directos de indução, nomeadamente usando fichas de iniciação à escrita e leitura ou exercícios gráficos em linhas ou papel quadriculado. Até aos anos 80, a investigação afirmava que os factores indicativos de uma inserção positiva no 1º Ciclo se prendiam com indicadores de sucesso escolar nas aprendizagens formais. Estudos mais recentes, desenvolvidos nos últimos vinte anos, apontam para um número muito mais amplo de competências indicativas de uma inserção positiva na escolaridade obrigatória à cabeça das quais se encontra a capacidade de aprender a aprender (Griebel e Niesel, 2003).
Em seguida, estão as competências sociais de cooperação, isto é, a capacidade de a criança se inserir num grupo de pares e de cooperar com eles no desenvolvimento de tarefas comuns (Griebel e Niesel, 2003). Para atingir este desempenho as crianças devem demonstrar ser capazes de fazer amigos e de serem aceites no grupo de colegas. Desde o final dos anos 80 que se desenvolvem estudos no âmbito da psicologia social que indicam que as crianças não-aceites entre os seus pares desenvolvem dificuldades nas aprendizagens formais, podendo ter insucesso educativo (Ladd, 1990, Asher and Coie, 1990). Entende-se, portanto, quão crucial se torna, durante os anos pré-escolares, uma intervenção precoce de modo a diminuir efeitos futuros das dificuldades de inserção social das crianças pequenas (Ktaz e Mclellan, 1996).
A autoconfiança é também uma competência decisiva na integração escolar. Uma criança com baixa auto-estima dificilmente se interessa pelos processos de aprendizagem mais elaborados que lhe vão ser exigidos. Por outro lado, a auto-estima está directamente correlacionada com a capacidade de se afirmar num grupo de pares. Criar situações para que a criança ganhe autoconfiança, se descubra a si própria como capaz de exercer o seu poder sobre as coisas e os objectos e, mesmo, as situações, de modo a modificá-los, é uma forma de intervir precocemente e de ajudar as crianças que, eventualmente, revelem maiores dificuldades.
A capacidade de autocontrolo é uma competência básica de inserção no 1º Ciclo. Quer nas suas interacções sociais, quer nos processos de gestão das actividades em sala de aula, a criança precisa de capacidade de domínio pessoal, de concentração, de fazer face à frustração.  A aquisição de hábitos de trabalho faz-se predominantemente nestas idades e a criatividade só pode emergir com base numa atitude de profunda disciplina interior e, mesmo, exterior. Decorrente desta competência está a capacidade de resiliência (Wustmann, 2003), isto é, a capacidade de fazer face à frustração ou, mesmo, à privação, à mudança, de forma dinâmica e positiva. A palavra resiliência é utilizada para descrever um conjunto de qualidades que apoiam a adaptação e a capacidade de fazer face à mudança, mesmo em circunstâncias difíceis (Bernard, 1995). A capacidade de resiliência leva a criança a ser forte, optimista, com uma dinâmica criativa face às adversidades, incorporando-as positivamente no seu desenvolvimento." (Teresa Vasconcelos)


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mitos sobre o papel do Jardim de Infância na "preparação para a escola"

"Roubámos" do site da organização Mundos de Vida, porque traduz ideias fundamentais sobre o papel do Jardim de Infância na dita "preparação para a escola".
 


MITO 1 – Ensinar o alfabeto todo é fundamental para preparar uma criança para a escola primária.
VERDADE: Não é assim. Aprender o alfabeto não é realmente fundamental. Aos cinco anos seria, sobretudo, reflexo de uma memorização precoce. É mais importante que as crianças saibam reconhecer as letras e identificar os seus sons.

MITO 2 - As crianças precisam saber contar até 50, antes de entrar para a escola primária.
VERDADE: Não é assim. Embora seja importante que as crianças entendam a ordem dos números, é mais importante que entendam a correspondência de 1 para 1 (que cada número contado corresponde a um objeto, a uma pessoa, …) e compreendam a noção de quantidade.

MITO 3 – Quanto mais coisas a educadora ensinar à criança, melhor.
VERDADE: Não é assim. As crianças entendem melhor os conceitos quando são elas próprias que estão envolvidas, ativamente, na exploração e na aprendizagem, em vez de tudo lhes ser dito por alguém. O papel da educadora e dos adultos é mais o de estar perto a estimular e a guiar, de forma intencional, a sua aprendizagem.

MITO 4 - Quanto mais a estrutura do programa de um Jardim-de-Infância se parecer com o programa da Escola Primária, mais uma criança fica melhor preparada.
VERDADE: Não é assim. Uma criança pequena aprende melhor num ambiente onde pode escolher a área onde quer brincar, onde possa selecionar os próprios materiais, pelo menos numa parte do dia, e onde lhe é dada liberdade para tentar fazer coisas novas, com o apoio da educadora que a orienta na sua aprendizagem e nas suas descobertas.

MITO 5 - As crianças precisam de estar caladas na sala para aprender melhor.
VERDADE: Não é assim. As crianças pequenas precisam de um ambiente onde se fale bastante, rico de palavras, onde os adultos criam interações para elas poderem desenvolver a linguagem e aprender novas palavras.

MITO 6 – Para aprender a escrever, deve saber desenhar todas as letras.
VERDADE: Não é assim. Embora aprender o desenho da letra tenha valor, para uma criança pequena, o mais importante é entender que se pode fazer o registo das ideias no papel. Quando uma criança faz alguns rabiscos e diz: "este é o meu pai", ou quando escreve o seu nome num desenho, a criança começa a fazer, realmente, as associações significativas entre a palavra falada e a palavra escrita


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Boas vindas

As educadoras das salas de jardim de infância da EBI de Pereira dão as boas vindas a todos os visitantes!